OS 18M2 QUE POSSO ALUGAR
Consumo, identidade e espaço na sociedade moderna
Resumo
Vivemos uma era de incertezas no cenário do mercado privado, e isso implica mudanças sociais e culturais. Há uma crescente tendência (ou solução) a consumir experiências e coisas que sejam menos significativas e menos duradouras, ou seja, coisas instantâneas, que possam ser usufruídas e logo descartadas ou substituídas por novas. Isso caracteriza a sociedade da urgência e consumo como uma sociedade fluida. Muitas práticas sociais passam a se reestruturar neste cenário e uma delas é o habitar. Assim como há urgência pela instantaneidade, há urgência por espaços habitáveis que se adaptem a este modo de vida, um desses espaços, cujo consumo cresce nas grandes cidades, são os chamados “apartamentos minimalistas”: locais que fornecem espaço de descanso, higiene e alimentação em menos de 25m², por preços que não são baixos, mas que atendem a instabilidade atual de empregados que consomem e são consumidos. Este estudo se propõe a realizar um debate sobre a busca, cada vez mais crescente, por espaços pequenos para residência, qualificados como minimalistas na atualidade. O estudo se caracteriza como exploratório e explicativo e os dados são caracterizados como qualitativos e quantitativos, sua coleta foi realizada por meio de pesquisas bibliográficas e dados disponíveis em jornais e sites de domínio público. O trabalho desenvolvido indicou que há uma relação entre as mudanças sociais e as formas de habitar, além de que os interesses políticos e capitalistas estão vinculados às formas de habitar ao longo dos anos, ou seja, há uma ligação direta entre consumo e habitação.